Quando o foco virou sobrevivência?

Teve um dia em que eu percebi que não estava mais criando. Estava só reagindo.

Publicava no Instagram, respondia comentários, tentava entender o algoritmo, produzia stories, escrevia legendas, tudo cronometrado, tudo estratégico… tudo perdia o sentido. No fim do dia, me sentia esgotado… e invisível, com a certeza de que pouco ou nada havia contribuído para o progresso de alguém. Como professor, isso me assustava.

Meu conteúdo era bom. Muito bom, inclusive. Tinha estudo, entrega, alma, experiências. Mas desaparecia no feed em menos de uma hora. O que era feito com pressa, sem profundidade, parecia ganhar a preferência de todo mundo. E isso me deixava com raiva e frustração.

Isso estava me inquietando, me correndo por dentro, me deixando sem tempo para trabalhar no que realmente importa, roubando minha produtividade, para estar presente nas vidas de pessoas queridas, para estar presente em mim mesmo.

Foi aí que o foco virou uma questão de sobrevivência emocional. Ou eu retomava o controle da minha atenção, ou continuaria alimentando uma máquina que me devolvia ansiedade. Escolhi parar. Me desconectar. Sair de cena. E foi nessa pausa que reencontrei meu ritmo, meu propósito e meu verdadeiro público.

Hoje, enquanto escrevo este texto no silêncio de uma manhã comum, com uma xícara de café espresso ao lado e o som dos pássaros lá fora, percebo: o foco é o que me deu a vida de volta. E pode dar a sua também.

Se você quer se aprofundar nesse tema, tem um livro que me marcou demais nessa transição: Foco, de Daniel Goleman (clique para conhecer). Ele mostra, com clareza, como nossa atenção é sequestrada sem que a gente perceba… e como podemos recuperá-la. Estou recomendando como quem reencontrou o próprio eixo, e ele me ajudou muito nessa jornada.

Por que estamos cada vez mais distraídos?

A distração hoje é socialmente aceita. Pior: ela é estimulada, monetizada, premiada com likes e dopamina.

Vivemos com o bolso vibrando, a tela piscando, a mente saltando de aba em aba, de notificação em notificação, como se isso fosse normal. Mas não é. A verdade é que estamos cada vez menos presentes, menos focados, menos humanos.

A cada interrupção, perdemos não só tempo, mas profundidade. Perdemos a chance de entrar em estado de fluxo, aquela zona de concentração produtiva onde o tempo passa diferente e tudo faz sentido. E não se trata de ter mais horas no dia, mas de usar as horas com mais intenção.

Greg McKeown fala disso de forma cirúrgica em Essencialismo (Clique para conhecer o livro). Ele defende que fazer menos, com mais significado, é o novo caminho da verdadeira produtividade. Menos barulho, mais foco. Menos tarefas, mais resultado.

E se você sente que está fazendo demais e colhendo de menos, talvez o problema não seja sua disciplina, mas o excesso de distração disfarçada de urgência. Já parou pra pensar nisso?

O foco como construção diária, não como talento inato

Tem gente que acha que foco é talento. Um dom mágico que algumas pessoas têm e outras não. Eu mesmo já pensei assim. Mas a verdade é que o foco é um músculo. E como qualquer músculo, ele precisa de treino, descanso e nutrição.

Foi só quando comecei a tratar meu foco como um hábito, e não como um estado de inspiração divina, que as coisas começaram a mudar. Criei rotinas, delimitei horários, protegi meu tempo como quem protege um bem sagrado. Porque é isso que ele é.

E quando falo em foco de alta performance, não estou falando de virar uma máquina de produtividade. Estou falando de fazer bem feito, com presença. De terminar o dia com a sensação de que algo importante foi construído, mesmo que pequeno.

Dois livros me ajudaram imensamente nesse processo: A única coisa e Foco: o poder da única coisa (Clique sobre os títulos dos livros para conhecê-los). Ambos trazem uma mesma essência: quando tudo importa, nada importa. Escolha uma coisa. Foque nela. Faça disso sua prática.

No fim, o foco não nos afasta da vida. Ele nos devolve a vida. A real. Aquela que a gente sente no corpo, no tempo e nas pequenas vitórias diárias.

Um presente para sua jornada de foco

Pra muita gente, o problema não é entender o valor do foco. O problema é saber por onde começar. Por isso, decidi criar algo simples, direto e prático: um checklist de 7 dias para cultivar o foco de alta performance.

Nada de teoria demais ou promessas inalcançáveis. São pequenas mudanças diárias, baseadas no que funcionou pra mim e nos princípios que aprendi com os livros que indiquei aqui. Um guia que você pode imprimir ou usar no celular, com espaço pra anotar seus avanços e refletir sobre seus bloqueios.

Se você quiser receber esse material gratuitamente, é só preecher o formulário abaixo com apenas seu nome e melhor e-mail. É meu jeito de contribuir com quem está tentando sair do modo “reagir” e entrar no modo “construir”. Com foco. Com verdade. Com consistência.

👉 Baixe gratuitamente o seu checklist e use vezes quiser.

Para finalizar… o foco é um ato de coragem

Focar é dizer não. Não ao excesso. Não ao que distrai. Não ao que rouba energia e tempo e sentido. Mas, acima de tudo, é dizer sim. Sim ao que importa. Sim ao que te move.

Focar é um ato de coragem num mundo que te chama o tempo todo pra se perder.

Se você chegou até aqui, algo dentro de você já está dizendo que é hora de mudar o ritmo. De sair do modo piloto automático. De recuperar seu tempo, sua mente e seu presente.

Espero que esse texto tenha sido um sopro de alento e uma fagulha de movimento. E se quiser seguir junto nessa jornada, aproveita o material gratuito que preparei com todo cuidado.

O foco pode ser cultivado. A vida pode ser mais leve. E você não está sozinho.

Com carinho,

Prof. Robison Sá. ☕