Desenvolvimento Pessoal e Liderança

A vitória que o mundo não vê

A lição de Hemingway, em O Velho e o Mar, sobre o valor real do esforço acima do resultado final

O mundo é cruel com quem volta para a praia apenas com os ossos, Jovem.

Você conhece a sensação. Você passa o ano inteiro acordando às 5h da manhã, recusando convites para festas, “comendo livros” no sábado à noite. Você enfrenta o mar aberto da ansiedade, luta contra o sono, contra a dúvida, contra a vontade de desistir. Você fisga o peixe. Você faz a prova.

Mas aí vêm os tubarões.

Uma questão que você errou por distração. Um branco na hora da redação. A nota de corte que subiu dois pontos. E pronto. O resultado final não aparece. Você volta para casa, para o olhar dos seus pais e dos seus amigos, segurando apenas o “esqueleto” do seu esforço.

Eles olham para você e veem fracasso. E o pior: você olha no espelho e concorda com eles.

Hoje eu preciso que você se sente aqui comigo. Vamos conversar sobre a mentira mais perigosa que já te contaram: a de que você é o seu resultado.

O Velho que venceu perdendo

Ernest Hemingway escreveu “O Velho e o Mar” não para falar sobre pescaria, mas para falar sobre a dignidade humana diante da derrota aparente. Santiago, o velho pescador, luta por três dias contra um marlin gigante. É a batalha da vida dele. Ele vence o peixe. Mas na volta, os tubarões devoram tudo.

Ele chega na praia exausto, com as mãos cortadas, o corpo moído, e amarra no barco apenas uma espinha branca e gigante.

Turistas olham aquilo e dizem: “Que pena”. Mas os outros pescadores olham e pensam: “Meu Deus, ele foi onde ninguém teve coragem de ir”.

Aqui está a virada de chave, Jovem. A Ditadura das Aparências nos treinou a aplaudir apenas a carne do peixe. O prêmio. O diploma. O sucesso postado.

Mas a vida (a vida real, aquela que está além da primeira camada) acontece no barco.

O que os tubarões não podem comer

Quando você estuda sério e não passa, ou quando você trabalha duro num projeto que não ganha o palco, os tubarões levaram a carne. Dói? Dói como o inferno. A sensação de injustiça queima a garganta.

Mas existe algo que eles não levaram.

Eles não levaram a disciplina que você forjou nessas noites sem dormir. Eles não levaram a capacidade de concentração que você construiu. Eles não levaram a sua resiliência de continuar remando quando tudo parecia perdido.

O “peixe” (o resultado) é perecível. Ele acaba. O sucesso passa. Mas o “pescador” que você se tornou durante a tempestade… ah, esse fica.

O processo é o verdadeiro troféu

Eu vejo muitos paralisados pelo medo de “morrer na praia”. Eles não começam o projeto de vida, não tentam o vestibular difícil, não lançam a ideia, porque têm pavor de voltar com o esqueleto.

Escute-me, por favor: o processo é o que te sustenta quando o troféu não vem.

Quem foca apenas na chegada, desiste no primeiro enjoo. Quem foca em se tornar um marinheiro melhor, navega até em meio a tufões se for preciso. Pare de se medir pela régua de quem nunca saiu do raso. Eles nunca vão entender o peso da sua linha, pescador. Eles só entendem de peixe frito. Você entende de mar aberto.

Um convite para a estrada

Não tenho todas as respostas e nem pretendo ter. Sou apenas um velejador que já enfrentou alguns mares e decidiu anotar o que aprendeu pelo caminho.

Se você sentiu que este texto te deu um pouco de fôlego, saiba que podemos continuar essa conversa em outros momentos.

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Não deixe que o esqueleto te engane. Você é maior que a sua última derrota.

Levante a cabeça, cure as mãos e prepare o barco. O mar ainda é seu.

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